Benção | A Benção da Hospitalidade de Ló

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Neste post, baseado em Gênesis 19, veremos A Benção da hospitalidade no contexto bíblico do Velho e do Novo Testamentos.

A Hospitalidade de Ló (1-3)

Ao anoitecer” (v 1). Pensemos, se uma cidade não presta durante o dia, muito menos durante a noite. E aqueles homens que chegaram até Sodoma e queriam passar a noite na praça (2).

Ló, igual a Abraão (18.3), ofereceu-lhes a hospitalidade patriarcal que se tornaria Lei no Velho Testamento (Lv 19.33,34). A hospitalidade “implicava responsabilidade pela segurança do hóspede (Gn 19.6 a 8) – e a sua violação tinha mais importância que um caso meramente pessoal (Jz 19 e 20)”.

A hospitalidade no Novo Testamento, igualmente, era um dever cristão (Rm 12.13 – Hb 13.2 – 1 Pe 4.9) e ainda é usada por muitas famílias cristãs nos dias de hoje, uma bênção principalmente para missionários.

Que benção chegar a uma cidade desconhecida e ser recebido com cordialidade e amor! Ló ofereceu proteção àqueles homens. Até então, ele os tinha como homens e não, anjos.

Ló estava na porta da cidade. Ali as demandas eram julgadas e decididas (Rt 4.1,2). De fato, os moradores de Sodoma acusaram-no de querer ser “juiz em tudo” (9). Ló sofria com o estado imoral da cidade (2 Pe 2.7), embora a amasse como veremos adiante.

Nota-se que, para Ló, os hóspedes tinham mais valor do que suas filhas (6-8). Era a cultura da época. A Bíblia não esconde os erros e acertos de seus personagens. Isto também não quer dizer que Deus aprova injustiças e maus tratos. Lembremo-nos de que Deus criou homem e mulher em igualdade (Gn 2.19-25). Eles deveriam ser uma só carne. Mas o pecado trouxe desarmonia e vexação (Ec 7.29).

A Hospitalidade dos Homens de Sodoma (4-11)

A hospitalidade dos homens de Sodoma foi bem diferente da de Ló. Ambas se contrastam: Ló queria proteger; os homens de Sodoma queriam “conhecer”. Mas “conhecer” do mesmo modo que Adão conheceu a Eva e ela concebeu a Caim (Gn 4.1) e, Caim “conheceu” sua mulher e ela ficou grávida (Gn 4.11). Isto é, eles queriam abusar sexualmente dos homens (anjos). Então, foi assim que nasceu o termo “sodomita”, aludindo à perversão sexual.

Notem que todos os homens da cidade eram pervertidos, “tanto os moços como os velhos” (4). De fato, a intercessão de Abraão teria muita dificuldade de encontrar um número reduzidíssimo de justos (Gn 18.22-33).

Este episódio demonstra como, mesmo sem saber, alguns hospedaram anjos e outros, resistiram a Deus (Hb 13.2).

Os homens visitantes de Ló interviram em sua defesa e o livrou dos homens malignos de Sodoma, ferindo-os de cegueira.

A homossexualidade foi condenada por Deus dede o início (Lv 18.22). Igualmente, a zoofilia praticada por muitos nos dias de hoje (Lv 18.22-24). Vivemos numa sociedade de tarados e taradas, gente que não se controla, que não têm pudor; nem sabem o que é isso.

Hóspedes Salvadores, Benção para O Hospedeiro (12-22).

Os hóspedes se revelaram anjos e sua missão: destruir a cidade (13). O motivo? Está em 18.20; 19.13: pecados gravíssimos.

Os Anjos aconselharam a Ló a fazer seus parentes sair da cidade antes da destruição. Eles eram destruidores, mas também, hóspedes salvadores, que aconselhavam para a salvação.

Muitas pessoas recebem conselhos que podem salvá-las, mas continuam rebeldes contra Deus. Bem, os genros de Ló não lhe deram ouvidos.

Entretanto, Que benção quando nos vemos hospedando anjos, mensageiros de Deus, e obedecemos sua Palavra!

O Fascínio das Cidades Impede a Bênção

Sempre que os encantos das cidades são exaltados, suas facilidades, seu conforto, suas tecnologias e modernidades, lembro-me desse texto. Os hóspedes salvadores precisaram empurrar a Ló para fora da cidade a fim de salvar a ele e a sua família. Isto está explícito: “apertaram os anjos com Ló(15); “pegaram-nos os homens pela mão” (16); “Ele, porém, demorava-se, e aqueles homens lhe pegaram pela mão, e pela mão de sua mulher e de suas duas filhas, sendo-lhe o Senhor misericordioso, e tiraram-no, e puseram-no fora da cidade.
E aconteceu que, tirando-os fora, disse: Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças
(Gn 19:16,17).

Por que os Anjos insistiram com Ló? Por causa da misericórdia do Senhor (16). Esta é a causa de não sermos consumidos (Lm 3.22,23). Estas alcançaram a Ló por que ele era parente de Abraão, o intocável (29).

Notamos, realmente, que Ló se apaixonara pela vida na cidade. Ele continuava sendo daquele tipo que escolhia pelas aparências. Ele não queria se afastar das cidades. Mas ficaria perto mesmo que fosse de uma pequena (Zoar) (Gn 13.9,10; 19.19-22).

Apaixonado pela cidade, Ló ousou dizer aos Anjos como queria ser salvo (18-20).

Não é de estranhar que a mulher de Ló estivesse olhado para trás, quando o próprio Ló estava encantado com a cidade.

Fico pensando se o mesmo acontecesse hoje. Se os crentes tivessem que deixar suas casas e fugir para as florestas. Será que iriam sem olhar para trás com saudades da vida fácil da cidade? Como viveriam sem as tecnologias desse mundo pós-moderno?

Igual a Ló, muitos estão dizendo a Deus como querem ser abençoados, e ser salvos. Alguns estão até dando ordens a Deus, escolhendo a bênção.  Tenhamos cuidado!

O texto é enfático, também, quanto à origem do fogo destruidor. Ele vem da parte do Senhor (24), pois é dele a justiça.

Escolhas Infelizes

A escolha de Ló mais uma vez foi infeliz (30-38), pois, de medo do que viu Sodoma, não conseguiu viver na pequena Zoar. Foi habitar no monte.

Porém, já era tarde. Suas filhas aprenderam as lições de Sodoma e trataram de colocá-la em prática. Embebedaram a seu pai e tiveram relações sexuais com ele. Assim deram origem aos moabitas e aos amonitas, que mais tarde viriam ser inimigos de Israel (Dt 23.3,4).

Concluindo

Ainda uma coisa, Jesus mencionou que haverá menos rigor para Sodoma e para Gomorra no juízo, do que para Cafarnaum (Mt 11.23,24). Isto nos ensina três coisas:

1 – Não devemos nos julgar melhores do que Sodoma e Gomorra. Os fatos são para aprendermos que Deus nos julgará um dia. Portanto temos de reverenciá-lo em nosso viver. Nós devemos aprender a bênção de hospedar mensageiros de Deus que nos trazem as palavras de vida.

2 – A morte não é o fim. Não pense que há descanso na morte, pois depois da morte virá o juízo (Hb 9.27). Muitos estão vivendo como que nunca teremos de prestar contas. Outros estão se matando achando acabar com o sofrimento. Mas Deus chamará Sodoma e Gomora a outro julgamento, mesmo que já as tenha julgado na terra. E assim será com cada um de nós.

3 – Deus não está impassível assistindo a história. Ele intervém para dar-lhe o fim que deseja.