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Três Desafios do Discipulado Cristão: “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lc 9.23).
O discipulado não é simples. O discipulador precisará tirar a vida do discípulo, e implantar nele a vida de Cristo. Você fazer uma pessoa, que nasceu pecadora, morrer para o pecado não é fácil. Então, discipulador precisará andar em sintonia perfeita com o Espírito Santo, único que pode transplantar vidas.
Além disso, a melhor diretriz para o discipulador cumprir sua missão é oferecer ao discípulo constante demonstração de como se morre a cada dia e de como se vive para Deus todos os dias.
O tema é desafiador, porém, inevitável se quisermos, de fato, sermos cristãos autênticos discípulos-discipuladores.
Eis algumas dificuldades que teremos pela frente:
1º Três Desafios do Discipulado Cristão: Desfazer As Motivações Estranhas ao Discipulado.
A proliferação de igrejas, muitas delas cheias de heresias, tem passado motivações estranhas do que é ser discípulo. Precisamos desfazê-las. E quais são essas motivações que devem ser desfeitas no discípulo?
Mt 8.19 – Expectativa de um Evangelho de lucro material e de facilidades.
O Evangelho é lucrativo na visão de Deus. “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam”
1 Coríntios 2:9. Mas o homem não contabiliza o que não vê.
Exemplo: Os primeiros discípulos deixaram tudo para seguirem a Jesus; Hoje há discípulo que querem tudo para se tornar discípulos.
Mt 4.20: “Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no”.
Mateus 4:21,22: “E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai, Zebedeu, consertando as redes; E chamou-os; eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no”
Mateus 9:9: “E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu”
2º Três Desafios do Discipulado Cristão: Desfazer A Ideia de Vontade Própria
Keith Philips em seu livro “A Formação de Um Discípulo” (pg 17) lembra que Jesus não fez um convite, não deu um conselho ou súplica, mas deu uma ordem. Jesus não está implorando que sejamos seus discípulos; Ele está mandando. Portanto, nada pode ser mais urgente do que obedecer. Nada pode se colocar entre o discípulo e seu Mestre. Nem a própria família:
“Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim”
Mateus 10:37
A condição sine qua non (Sem isso não pode ser): Submissão total a Cristo. O discípulo ou morre com Cristo para viver com Cristo ou morre com o mundo e com o pecado para ser condenado junto com eles no juízo.
Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus (Cl 3.3).
Morto não tem vontade.
3º Três Desafios do Discipulado Cristão: Vencer As Desavenças Entre Discipuladores e Discípulos.
Discipulado é relacionamento e como todo relacionamento há conflitos e muitos desentendimentos que geram estresses. Onde há estresses, há desavenças. Discipulador, principalmente, precisa administrar bem os estresses do discipulado. Domínio Próprio.
Um caso exemplo na Bíblia é o ocorrido entre Paul e Barnabé por causa de João Marcos.
At 13.13 João Marcos apartou-se da missão, voltando para Jerusalém.
Mas tarde (At 15. 36-41) João Marcos volta e Barnabé, Filho da Consolação, o aceita, mas Paulo o rejeitou definitivamente. Por causa disso houve grande desavença entre eles. Barnabé tomou Marcos e foi para Chipre, enquanto Paulo tomou a Silas e foi para Síria e Cilícia. Missões separadas.
Obs:
- Ninguém foi só; foram de dois em dois como o Mestre havia ensinado (Lc 10.1);
- Ninguém foi sem a encomendação da igreja (At 15.40);
- Marcos era primo de Barnabé (Cl 4.10);
- As desavenças foram vencidas, pois a missão não foi paralisada, mas ampliada; nem os líderes ficaram improdutivos. Ao invés de irem todos para o mesmo lugar foram em direções diferentes alcançando mais pessoas.
Paulo preso em Roma recomendou-o à igreja, e solicita-o como “útil para o ministério” (2 Tm 4.11).
Não fosse Barnabé, teriam perdido um excelente discípulo.
O relacionamento entre discipuladores e discípulos deve ser claro, de confiança e amistoso.
O discípulo tem de ser livre para querer morrer para o mundo. Só o Espírito o fara entender e decidir isso. Se ele não atender ao Espírito Santo, nada mais poderá salvá-lo.
Esteja vacinado contra decepções. No grupo de discípulos e de discipuladores pode ter um Judas ou um Demas (2 Tm 4.10).