Fruto Pequi e Pequiá, Diferenças e Peculiaridades

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Fruto Pequi e Pequiá, Diferenças e Peculiaridades desse fruto da Amazônia e do Cerrado. Conheça as características e valores desses frutos brasileiros.

Ao caminhar na Asa Norte junto com um amigo, passamos por um pé de Pequi. Ao perguntar se ele sabia que árvore era aquela ele disse:

– É pequi.

Então perguntou:

– Você sabe qual a diferença entre o pequi e o pequiá?

Respondi:

– Só conheço pequi. Nunca vi o pequiá.

Então ele me explicou na experiência dele a diferença entre os dois frutos. O pequiá tem a casca mais acinzentada, a polpa é mais grossa. Porém, o sabor é amargo. É preciso ferventar antes de cozinhar.

A folha da árvore de pequiá é mais lisa.

Já o pequi tem a polpa mais fina e não precisa ferventar. Folha mais áspera. É mais saboroso.

Pesquisando sobre as árvores, encontrei que pequiá “é uma árvore amazônica de grande porte, retilínea e de mata de terra firme; foi quase extinta na Amazônia por conta de seu elevado valor comercial, como madeira que não racha”.

Segundo a mesma fonte, a árvore do pequiá pode atingir 30 metros de altura.

Seu maior valor é madeireiro.

Classificação Científica de Pequiá

Nome Científico: Caryocar villosum (Aubl.);

Família: Caryocaraceae;

Distribuição: Amazonas e região Nordeste;

Nomes Populares: Piquiá, piquiá verdadeiro, piqui.

Fruto Pequi

Fruto Pequi

É um fruto popular do cerrado, muito querido especialmente pelos goianos. Assim como Jacó vendeu seu direito de primogenitura por prato de lentilhas, o goiano venderia sua alma por um prato de arroz com pequi.

Este fruto é de grande valor comercial, pois além de ser apreciado com arroz, é bastante usado como tempero em frangos e carnes, bem como em fabricação de licors.

Além disso, o pequi serve à produção de um óleo e de uma pasta utilizada na culinária. O PDF da Embrapa ensina como produzir pasta de pequi.

Classificação

Nome Científico: Caryocar brasiliense;

Família: CARYOCARACEAE;

Nome Popular: Pequi;

Hábito: Árvore;

Habitat: Cerradão, cerrado (stricto sensu), campo sujo, campo com murundus, carrasco; Distribuição: PA, TO, MT, GO, DF, MG, SP, PR;

Minha primeira experiência com pequi não foi nada boa. E como a primeira impressão é a que fica, ficou mal.

Cheguei para Brasília em 1989. Não conhecia o tal pequi. Logo alguém tratou e o presentar a mim o famoso arroz com pequi.

A pessoa disse:

– É muito saboroso. A gente come essa polpa amarela e dentro dele tem uma castanha saborosa.

Como eu gosto de experimentar frutos nativos, mordi com vontade. A tal pessoa, se é que possa chamar assim, não me falara que entre a polpa e a castanha há inúmeros espinhos fininhos.

Resultado: fiquei com a boca cheia de espinhos. Passei a noite todo tirando os espinhos e acho que até hoje ainda os tenho na boca.

Por isso, perdi a simpatia com o pequi desde a primeira mordida.

O pequizeiro é uma das árvores tombadas pelo Ibram (Instituto Brasília Ambiental).

Mas o que eu tenho visto é muito pequizeiro tombado no chão para as construções dos prédios e para as plantações das lavouras.