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Critérios de Julgamento. Quando alguém peca e emitimos algum juízo logo alguém lembra: Está escrito: “Não julgueis, para que não sejais julgados” Mateus 7:1.
Mas então o que faríamos com:
“Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro?
Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai pois dentre vós a esse iníquo” (1 Co 5:12,13).
“Ousa algum de vós, tendo algum negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos?
Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?
Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?
Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, pondes para julga-los os que são de menos estima na igreja?
Para vos envergonhar o digo. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos?
Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante infiéis” (1 Co 6:1-6).
“Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu” (2 Ts 3.6).
“Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão;
Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada.
E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano” (Mt 18:15-17).
Será que a Bíblia está em contradição. Afinal devo julgar ou não? Sendo seres criados à imagem e semelhança de Deus, nós exercemos julgamento de valores. Precisamos julgar em algum sentido; então, qual? Como?
Como teríamos posição contra os “cães” (6); contra os “porcos” (6); contra os “falsos profetas” (15-20)?
Critérios para Julgamos
Os critérios para os cristãos evangélicos julgarem os pecados não vem das leis humanas, mas das Escrituras Sagradas e atendendo, naquilo que não for conflitante, outras leis.
Numa linha direta, podemos tomar dois critérios de julgamento.
1 – Critério da Igualdade
Todos somos pecadores e carecemos de graça, tanto quanto de disciplina:
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23);
“O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 6.23).
Devo condenar o pecado, não o pecador, embora um esteja intimamente relacionado ao outro. Mas temos que nos conscientizar que os pecados são “nossos”:
“E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós” (Mt 6.12,14).
Ao levarmos um irmão ao tribunal da igreja, devemos saber que nós também seremos julgados num tribunal:
“Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo” (Rm 14.10; 2 Co 5.10).
2 – Critério da Verdade (5).
Devemos julgar sem hipocrisia e com a devida base legal. Vendo claramente para justa reparação do erro.
Para isso precisamos tirar a trave, isto é, tampão da hipocrisia, que nos impede de vermos claramente.
Sobre isso, alguém disse: “Há tanto mal entre os nossos melhores e tanto bem entre os nossos piores que não podemos encontrar falhas nos outros”.
Entretanto, para disciplina do Corpo de Cristo, a Igreja, precisamos exercer o estressante juízo. E não importa em que sentido seja: avaliação crítica ou emissão de juízo. Ambas são estressantes, mas não podemos fugir, pois as Escrituras exigem uma resposta ao pecado.
Veja:
“Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão;
Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada.
E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.
Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.
Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus.
Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.
Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?
Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete” (Mt 18:15-22).
Veja também Gálatas 6.1; 1 Ts 5.21
O ensino de Jesus neste texto e contexto é que não devemos julgar hipocritamente como faziam os escribas e fariseus da época. Ou seja, Jesus estava condenando o julgamento e todas as ações hipócritas (Mt 6.1-5; cap. 23).
“Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça” (Jo 7.24).