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Profetas em tempo de extrema maldade, baseado em 1Rs21, continuação do estudo sobre o profeta Elias. Neste estudo veremos a extrema maldade reinante em Israel, revelado na trama para tomar o vinha de Nabote. Acabe cobiçou e quis comprar a vinha de Nabote, o jezreelita, que ficava ao lado do seu palácio em Jezreel (1). Este não queria vender porque era herança.
1- Profetas em tempo de extrema maldade Enfrentam Conselhos Malignos (1-7)
Profetas em tempo de extrema maldade. Nabote não queria vender a vinha (2,3). Então Acabe ficou desgostoso e indignado. “E deitou-se na sua cama, voltou o rosto, e não comeu pão” (4). Jezabel perguntou porque ele estava tão triste e não queria comer (5). Ele explicou o que acontecera (6). Jezabel lhe disse: “Governas tu, com efeito, sobre Israel? Levanta-te, come, alegra-te o teu coração; eu te darei a vinha de Nabote, o jezreelita” (7).
Este episódio demonstrou como o rei de Israel feria o código do pacto, os dez mandamentos, feito no Sinai (Ex 20; Dt 5). O décimo mandamento diz: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo” (Ex 20.17).
A ambição e o egoísmo do rei o deixaram desgostoso. Ele não sabia ouvir a palavra “não”.
2 – Em tempo de extrema maldade não se respeita a Lei
Nabote não quis vender sua vinha porque era herança. A lei dizia que a herança permaneceria para sempre na mesma família (Lv 25.10-34). Acabe feriu também essa lei. Como uma criança emburrada quando não consegue um brinquedo, ele ficou triste.
Jezabel fez o papel da mãe que mima o seu filho emburrado satisfazendo-lhe os desejos malignos. Ela ofereceu mais do que um conselho, a solução do problema. Claro, do jeito dela: malignamente. Ela é astuta, diabólica.
Não faltam jezabéis neste mundo. Às vezes pensamos que essas coisas só acontecem em novelas. Porém, os pensamentos, sentimentos e atitudes malignos como os de Jezabel são os produtores de violência em nossas cidades, e da corrupção em nossa sociedade. O egoísmo destrói, desrespeita, avilta, mata, até por um par de sapatos.
3 – Tempo de extrema maldade: Reino de “Bananas”
Um rei sem maturidade, sem personalidade e sem caráter, controlado por uma esposa diabólica é uma arma de destruição de si mesmo e de seu povo. Logo seriam destruídos (17-29).
Jezabel lhe disse: “Governas tu sobre Israel?”. Em outras palavras: Você é rei ou não é? Desafia-o a usar da autoridade, mas toma-a para si: “Eu te darei a vinha de Nabote” (7). Era ela quem governava de fato.
Desafios como estes continuam levando muitas pessoas à ruína, principalmente aos jovens. As Jezabéis de hoje continuam desafiando: “Você não é homem não, rapaz? Você é o tal. Pode fazer o que quiser”.
4 – Tempo de extrema maldade: Perversão do Sagrado (8-16)
A rainha sarcástica mandou convocar um jejum para ferir outro mandamento, o nono: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”, Ela não tinha nenhum respeito por Deus e sua Lei (9, 10). Usou as leis de Deus para fazer o mal. Os homens da cidade, os anciãos e os nobres fizeram como ela ordenou (11). São outros do tipo de Acabe: sem brilho de personalidade e de caráter; sem honra; geração de “bananas” (sem querer ofender as bananas).
O jejum era proclamado para contrição, arrependimento e busca do perdão e restauração de Deus, devido a alguma calamidade que o povo estava sofrendo, por causa do pecado. Era uma solenidade (Jz 20.26; Jl 1.14; 2.15). Ela o transformou num conselho de ímpios (9, 12; Sl 1).
Dois homens malignos (filhos de Belial) testemunharam contra Nabote acusando-o de blasfêmia contra Deus (13). Jesus e seus discípulos também foram acusados da mesma forma (Mt 27.11s; At 4.5,15-18; 7.54-60). Assim, mataram um inocente (13). Mas isto não significou nada para Jezabel, senão a eliminação de um “Problema” (14,15). Ela falava em tom de festa como se dissesse: “Nabote não quis lhe vender a vinha? Você a terá de graça” (15). Nem tudo que é de graça, é graça, mas às vezes, desgraça. O rei mimado levantou e foi tomar posse da vinha alheia sem nenhum pudor (16).
5 – Tempo de extrema maldade, O Mundo Ainda É O Mesmo.
Quando olhamos a maldade, vemos que o mundo não evoluiu para o bem, mas continua o mesmo e perverso mundo de sempre, piorando mais e mais.
Usar um culto solene para praticar falso testemunho, para obter o fruto de uma cobiça egoísta, só pode ser entendido como conduta infernal, diabólica.
Será que isso não acontece hoje? A briga pelo poder financeiro, político e religioso continua monstruosamente grande.
Os discípulos de Jesus quase se pegaram por isso (Mc 9.33-34; 10.35-41). Hoje muitos ainda continuam se pegando uns aos outros, vivendo em fofocas, intrigas, facções, etc.(Gl 5.19-21); coisas que não agradam a Deus (Rm 8.5-8).
E pior, tudo isso acontece enquanto levantam as mãos, que deveriam ser santas (1 Tm 2.8), oram, ouvem ou proferem sermões bíblicos cheios de princípios; tomam a ceia ou a eucaristia, dão glórias a Deus… Tudo isso parece com aquela descrição que Isaías fez de Israel: Corpo doente (Is 1.5), fedorento (IS 1.13). Como disse o Pr Ivênio dos Santos: “Corpo podre”.