Dois Pontos da Aliança de Deus Com Abraão

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Neste Post baseado em Gen 15.1-21 veremos Dois Pontos da Aliança de Deus Com Abraão:

  1. Pontos da Aliança: A natureza da aliança de Deus com Abraão; 
    1. Qual o significado da aliança de Deus com Abraão?
    2. Por que Deus fez aliança com Abraão?
  2. Pontos da Aliança: O momento propício da Aliança de Deus com Abraão;
    1. Conclusão.

Pontos da Aliança A natureza da aliança de Deus com Abraão.

Notamos, primeiramente, e não devemos esquecer, que a aliança é de Deus. Isto é, Deus é o autor da aliança ou pacto. Ela não é de homem. Deus é o autor do pacto e sustentador do pacto.

Em segundo lugar, o pacto de Deus com Abraão só foi promulgado depois que Ló se separou do futuro patriarca. Abrão e Sarai foram o alvo da eleição de Deus.

Qual o significado da aliança de Deus com Abraão?

Naquele tempo e cultura, quando duas pessoas faziam um pacto, esquartejavam animais e punham lado a lado e os contratantes passavam entre eles. Assim se comprometiam a serem eles mesmos esquartejados se não cumprissem o compromisso do pacto (O Pentateuco, Isaltino Gomes Coelho Filho).

Abrão preparou assim os animais e lutou contra as aves de rapina (11) em densas trevas (12), mas quem passou entre os cadáveres foi Deus somente (17,18). Ou seja, Deus se comprometeu a morrer dilacerado como aqueles animais caso não somente Ele, mas também o homem, não cumprisse o compromisso. Assim, Deus assumiu a parte dele e de Abrão. A fidelidade total na manutenção da aliança é de Deus, nos termos de Deus; nada de homem.

Quando Israel foi infiel, Deus permaneceu fiel (2 Tm 2.13) e se fez carne, habitou entre nós (Jo 1.14). Ele foi dilacerado por nós na cruz e consumou a redenção daqueles que, igual ao pai Abraão, creem em Deus (Gl 3.9).

Por que Deus fez Aliança com Abraão?

Aqui entra o hesed de Deus. Mas o que é hesed? É a palavra hebraica traduzida como bondade, beleza, glória, benevolência, amorável benignidade, misericórdia e compaixão (Teologia do Velho Testamento, A. R. Crabtree). Trata-se de um contrato amoroso em que Deus se tornou único fiador por amor (Jo 3.16).

Este hesed do Velho Testamento é o equivalente a cháris, graça, no Novo Testamento. O texto bíblico que melhor descreve esse amor gracioso é Efésis 2.1-9. Neste texto, tanto quanto em João 3.16, Deus é o doador, o fiador, o autor, o provedor e o mantenedor da aliança com Abraão e sua descendência.

Então, agora a ordem é olhar para a cruz de Cristo. Isto equivale a crer que Deus passou entre animais partidos em nosso lugar, tal como Abrão creu e isso lhe foi imputado como justiça (Rm 4.22).

Agora, passamos momento dos Dois Pontos da Aliança:

O momento propício da Aliança de Deus com Abraão

Abrão coube somente a aceitar os termos de Deus no pacto num momento crucial, propício. Ele estava no limite, entre a vida e a morte, e temendo morrer sem filhos, sem deixar descendência. Frustrado, pensava num triste fim (2,3), num jeitinho usado na época para deixar seu nome na história. Neste ponto, Deus entra com sua aliança e revigora-lhe a fé e a esperança, com a promessa de um grande galardão, tido como dom gratuito (Is 40.10; 62.11; Jr 31.16; Rm 6.23).

Isto acentua duas virtudes cristãs: a esperança e a fé. Mas a que há de permanecer para sempre será a virtude de Deus, o amor (1 Co 13.13), cujo caminho devemos seguir (1 Co 12.31).

O verdadeiro cristão conta com o consolo e o vigor vindos de Deus em momentos cruciais e até, terminais. Mesmo frente ao último suspiro, a fé deve permanecer, pois com Deus não há término de nada. Lázaro estava morto a quatro dias, mas Jesus o trouxe de volta (Jo 11.43,44). Se Deus é Senhor de sua história, ela só acabará quando Ele disser que estará acabado.

Assim, nada de crises existências, de inseguranças e temores. Deus diz, tal como disse a Abraão: “Não temas” (1). Confie sua vida a Deus é viva seguro, pois Deus é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo que pedimos ou pensamos (Ef 3.20).

Deus impulsionou a Abraão para frente em sua história, com promessas e esperanças, quando ele julgava já ter chegado ao fim.

Concluo esta meditação deixando-lhes o Salmo 27.14:

Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor” (Salmos 27:14 ).