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O Juízo Profético: Resposta de Deus às Atitudes Humanas, baseado em 2 Rs 1, continuação.
Foi assim que veio O Juízo Profético: Resposta de Deus às Atitudes Humanas, através de Elias, o porta-voz de Deus num tempo de extrema maldade:
O rei Acabe morreu e Acazias, seu filho, reinou em seu lugar. Podemos dizer que Acazias era “tal pai tal filho” (Jl Rs 22.53,54). Ele continuou nos pecados de seu pai, de sua mãe e de Jeroboão. A menção destas pessoas acentua o pecado delas. Pessoas que marcaram a história com a rebeldia obstinada contra Deus, e colheram seus frutos.
O Juízo Profético: Resposta de Deus às Atitudes Humanas no Reinado de Acazias
No reinado de Acazias, Moabe (Desejo) rebelou-se contra Israel. Os moabitas eram descendentes de Ló, produto de um ajuntamento incestuoso com sua filha mais velha (Gn 19.17). Por causa do parentesco, Israel não deveria lutar contra eles (Dt 2.9). Mas como Moabe contratou Balaão para amaldiçoar Israel (Nm 22-24), Deus não permitiu que eles entrassem na congregação de Israel e a partir de então, este poderia guerreá-lo (Dt 23.3-06; Ne 13.1). Mais tarde, as relações entre eles se agravaram, quando os moabitas se aliaram aos amonitas, e aos edonitas, e a outros para invadirem Judá (1 Cro 20.1-30; Sl 60.8; 83.6; 108.9 – Dicionário J. D. Davis). Este último fato aconteceu bem depois do contexto de nosso estudo, ou seja, bem depois de Elias.
O Juízo Profético: Doença da Desobediencia
Acazias caiu do quarto alto em Samaria e adoeceu. Doença é incômodo; é dificuldade. A maneira como agimos diante desses incômodos e dificuldades revelam quem nós somos e no que cremos.
Acazias continuou a cultura de seu pai e sua mãe: em revolta contra Deus. Assim, preocupado com seu estado de saúde, mandou consultar o deus de Ecrom, Baal-Sebube (v 2 – Baal-Zebube, Senhor das moscas. Nome de Baal em Acaram onde era adorado como produtor das moscas e protetor contra a peste (J. D. Davis); Ou “Baal, o Príncipe” nomeado pelos israelitas de Senhor das Moscas. No tempo de Jesus, era Belzebu, o príncipe dos demônios (Mc 3.22; Mt 10.25; Bíblia Vida Nova).
A reprovação de Deus veio através do seu anjo (“mensageiro”). Este é o anjo atendente direto do trono de Deus. Não se deve dar-lhe nomes, nem identidade como muitos fazem dizendo que era Jesus ou o Espírito Santo, ou Miguel, ou ainda, Gabriel. Era um representante direto do trono de Deus e da Pessoa do próprio Deus. “É um ser celestial que recebe uma tarefa específica da parte de Iavé, por detrás de Quem a personalidade do anjo desaparece inteiramente. É, portanto, errado para aquele a quem o anjo apareceu, procurar perscrutar a natureza deste” (Jz 13.17-18 – Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento).
O Juízo Profético: Morrerás
A luta entre o profeta de Deus contra os reis e o povo de Israel se deu por causa da idolatria. Esta é abominação ao Senhor. Deus detesta a idolatria! Nada pode ocupar o lugar de Deus, e, nem concorrer com Ele em nossas vidas. Mas muitas pessoas quando estão em dificuldades, ansiosas para resolver um problema, procuram o caminho da rebeldia. Consultam um falso vidente, falso profeta ou falsa profetisa, um homem “santo”.
Infelizmente até no meio evangélico há muitos desses para serem consultados e não falta quem os consultem. Faz-me lembrar de uma senhora, membro de uma igreja cristã bem conceituada, diaconisa. Esta senhora criava porco. Ao adoecer um de seus porcos, consultou e contratou uma benzedeira para salvar o porco. Parece piada de crente, mas é verdade.
A resposta de Deus para todos os idólatras é: “Morrerás” (Ap 21.8; 22.15). É a mesma resposta que Deus mandou o profeta dizer a Acazias: “Da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás” (4).
O caminho da idolatria é caminho de morte. Não somente de morte física, mas ainda pior, a morte espiritual, que é a separação eterna de Deus. E que vida pode haver longe do Criador?
O Juízo Profético: Proclamado Pelo Homem de Deus
Os servos do rei voltaram e lhe contaram o que o profeta lhes dissera. Ele perguntou como é esse homem. Responderam: “Era um homem vestido de pelos, com os lombos cingidos de um cinto de couro. Então disse ele: É Elias, o tisbita” (8).
O profeta, tanto o falso (Zc 13.4), como o verdadeiro (Mc 1.6), vestia-se de modo simples. João, o batista, foi identificado como Elias em dois aspectos: 1 – No aspecto da vestimenta; 2 – Na autoridade na entrega da mensagem (Mt 4.5; Mt 11.14; 17.10-13; Mc 9.11-13; Lc 1.17).Mas Elias não virá mais como muitos acham, pois Jesus disse que ele já veio (Mt 17.12).
Devemos aguardar o Senhor Jesus voltar para buscar a sua igreja e para julgar os incrédulos que, aliás, terá semelhança com o ministério de Elias no fator: fogo (2 Ts 1.6-10).
Mas voltando a Elias, nosso personagem é um homem de vida simples. Ele não era um homem da corte, do palácio. Nem era como um dos profetas de ternos caros e carros luxuosos e ricas contas bancárias de hoje. O poder de Deus se aperfeiçoa, ontem, hoje e sempre, na fraqueza (2 Co 12.9). Quando não há nenhuma capacidade humana, nenhum recurso, então é o ambiente bom para Deus agir. Como diz o hino: “Quando tudo perante o Senhor estiver, e todo teu ser Ele controlar, só então hás de ver, que o Senhor tem poder; tudo, tudo deixando no altar”.
O Juízo Profético: Resposta às Autoridades (9-16)
Elias tinha alguns companheiros profetas, “os filhos dos profetas” (2.3), mas parece um exagero mandar um capitão com seus cinquenta homens para prender um profeta que não tinha exército e nem arma. “O rei disse: Desce” (9). Então Elias disparou contra eles sua arma, que não era humana, mas fruto de sua autoridade como profeta de Iavé (1º), e os cinquenta e um homens foram destruídos. O Apóstolo Paulo usava a mesma arma: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas” ( 2 Co 10.4).
Mais um capitão de cinquenta com seus homens foi enviado. De novo o profeta disparou sua arma. Notem que o fogo vem do céu (10), e de Deus (12). Os líderes de todos os países gostariam de possuir esta arma para destruir seus inimigos e para conquistar o mundo. Mas não é este o propósito de Elias. O propósito é demonstrar quem é o Rei dos reis e Senhor dos senhores e, quem é a autoridade em todo mundo, especialmente em Israel: Iavé, Ele é o Rei. O poder do profeta estava ligado à dignidade e da honra de Iavé. Era em nome da honra de Iavé, e de Iavé mesmo que vinha o fogo do juízo.
O Juízo Profético: Resposta aos humildes (13-15)
O terceiro capitão de cinquenta entendeu a mensagem. Este foi sábio e pediu clemência ao homem de Deus.
Os sábios são como este capitão de cinquenta, que ao invés de lutar contra Deus pedem misericórdia (13,14).
Ainda bem, pois se o prepotente Acazias continuasse enviando capitães prepotentes, todo exército seria destruído. Este capitão deve ter lembrado que o Deus de Elias não só manda fogo do céu, mas também manda misericórdia. E ele pode experimentá-la, pois Deus disse pelo seu anjo ao profeta: “Desce com este, não temas” (15). Com sua humildade e repeito ao homem de Deus ele poupou sua vida e a de seus cinquenta, os quais voltaram para seus filhos, esposas e amigos sãos e salvos. Iavé é Deus de juízo, mas também, de misericórdia. Os humildes experimentam isso. Até mesmo o perverso Acabe desfrutou um pouco dessa misericórdia (1 Rs 21.29).
Acazias ouviu a sentença de Deus pela boca de Elias, o que se cumpriu, e Jorão, seu irmão, reinou em seu lugar porque ele não tinha filhos (17). Acazias reinou apenas dos anos.
Jesus é Deus conosco, o Emanuel, cheio de autoridade (Mt 28.18; Fl 2.5-11). Obedeçamos ao Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16). Descerá misericórdia de Deus sobre nós.