Tempo de leitura: menos de 1 minuto
A Missão da Igreja: “E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava.
E seguiram-no Simão e os que com ele estavam.
E, achando-o, lhe disseram: Todos te buscam.
E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue; porque para isso vim” (Mc 1:35-38).
De onde vem o direcionamento para a missão da igreja? Qual é, afinal, a missão da igreja? Qual o nosso papel como membros da igreja?
Mas o que tem este texto com Igreja? Igreja ainda não existia. Ela ainda estava em gestação. O Senhor já tinha alguns seguidores e um grupo seleto de discípulos, doze, para iniciar sua igreja.
O que faltava ainda? Concluir a obra de redenção. Isto é, construir o meio pelo qual pecadores perdidos se tornariam pecadores salvos, correspondendo a toda lei de Deus. Isto se daria na cruz, na ressurreição e no derramamento do Espírito Santo. Então a Igreja poderia nascer.
O ministério cristão tem muitas coisas boas associadas a ele que foram estabelecidas no passado para ajudar a realizar a missão. Mas muitas dessas coisas boas já venceram. Outras são boas, mas estão fora do foco, do objetivo ensinado e estabelecido pelo Senhor.
Então, Como termos O Direcionamento Para A Missão da Igreja? O Direcionamento Para A Missão da Igreja:
1 – É Fruto de Oração Intencional (35).
Todos nós sabemos que precisamos orar. Estou certo que todos nós oramos. Mas como é a nossa vida de oração? Que tipo de oração temos feito?
A oração precisa ocupar um espaço especial em nossa agenda. Por quê? Porque a oração é o diálogo, a conversa, a consulta com o Senhor de nossas vidas e, da missão. Ora, como poderíamos realizar a obra sem a orientação do Senhor da obra?
Jesus havia trabalhado o dia inteiro e entrado a noite (32-34). Mas levantou-se de madrugada, ainda escuro, perto da quarta vigília (3h) para orar. Era assim que ele encontrava as respostas de onde deveria ir e o que deveria fazer. Na sua agenda havia um espaço cotidiano e permanente para Deus antes de começar o dia.
Dizem que Lutero quando tinha pouca coisa para fazer, orava duas horas antes de começar o dia. Quando ele tinha muita coisa para fazer, orava quatro horas.
E nós? Nossa oração (há exceções, graças a Deus) é como reza evangélica ou prece exotérica, que não fede e nem cheira. Em muitos casos seria melhor fazer só o sinal da cruz e pronto. Oração oca, sem sentido, sem significado. Alguém já disse que: “Na oração é melhor ter um coração sem palavras do que palavras sem coração”.
Outras vezes, até gastamos muito tempo, mas apenas tagarelando, falando um monte de coisas por falar e, sem querer ouvir, sem levar Deus a sério. Então, não é um diálogo, mas, um monólogo. Nós falamos a Deus, mas não O ouvimos.
A oração era costume de Jesus. Ele costumava orar a noite toda.
“E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco, e fossem adiante para o outro lado, enquanto despedia a multidão.
E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar, à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só.
E o barco estava já no meio do mar, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário;
Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, andando por cima do mar (Mt 14:22-25).
Precisamos buscar respostas em Deus através da oração. Só Ele tem O Direcionamento Para A Missão da Igreja que Ele mesmo nos comissionou.
O Direcionamento Para A Missão da Igreja na Missão de Jesus nos ensina.
2 – Combate O Ativismo (36,37).
Oração é trabalho de quem parece não estar fazendo nada. No contexto, estar sendo produtivo seria estar lá, curando a todos doentes e libertando a todos os endemoninhados, diminuindo a fila que não parava de crescer. Parece até o SUS. Sabe quando Jesus iria sair dali? Nunca. Talvez ainda estivesse lá em Cafarnaum até hoje curando e os povos da terra indo receber as curas.
“Todos te buscam para curar, para expelir demônios… E o Senhor fica aí, orando?”
E, sendo já dia, saiu, e foi para um lugar deserto; e a multidão o procurava, e chegou junto dele; e o detinham, para que não se ausentasse deles (Lucas 4:42).
O ativismo religioso prioriza a prática à contemplação, oração. E, por vezes, transforma a contemplação e a oração numa prática ativista.
Entretanto, a vida de oração da igreja não deve depender de dia e horário marcados, de agenda eclesiástica, nem de programas de oração. Tudo isso pode ser muito bom. Mas a vida de oração da Igreja deve fluir normalmente como consequência de seu relacionamento com o Senhor, porque é fruto do amor ao Senhor.
Não tem esse negócio de “tal dia, tal hora em tal lugar nós vamos ter um encontro de uma hora”. Não. “Orai sem cessar”. “Orando em todo tempo”. “Orar sempre e nunca desfalecer”.
Sempre ouço as pessoas na igreja dizerem: “São muitas atividades nas igrejas”; “Nossa igreja tem muitas atividades”. E não poucos são iguais a Marta, que reclamam dos que parecem com Maria (Lc 10.39-42).
Qual é o equacionamento entre o ativismo e a contemplação numa vida de oração? É que você só pratique, isto é, seja ativo naquilo que for direcionado por Deus e para Deus. Pare e pense. De onde vem o comando? Vem do Cabeça ou das cabeças? Por que você faz o que faz: por amor ao Senhor ou para demonstrar que é produtivo?
Se Jesus tivesse entrado na onda dos discípulos, seu ministério seria monopolizado. Monopólio: Exclusividade sobre uma marca ou patente. Vamos monopolizar aqui esse poder de cura de libertação. Só nossa igreja vai ter esse poder milagroso. Todos terão de vir a nós. Você que é Católico, Espírito, Evangélico podem vir, nós temos a resposta.
Se Jesus tivesse cedido à vontade das pessoas ali seu ministério perderia o foco e o objetivo traçado por Deus. Seria manipulado por pecadores pervertidos. Seu ministério se resumiria a curas e exorcismos. Mas este não foi e não é o alvo de sua missão.
O Direcionamento Para A Missão da Igreja vem da Missão de Jesus e é:
3 – Pregação e Ensino da Palavra (38,39).
Então, qual é a missão da Igreja? Não era curar e expelir demônios. Este não era o foco. Podemos dizer que, o ministério da pregação não acompanhava o ministério de cura e libertação, mas o mistério de cura e libertação acompanhava o ministério da pregação. O carro chefe era a pregação, o resto era acessório.
O ensino e a pregação estão relacionados. Veja:
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém (Mt 28:19,20).
Notem que a ação é constante:
Indo, movimento em direção aos pecadores. Jesus veio dos céus a nós e nos mandou ir aos outros. Esta é uma atividade orientada pelo Líder (Cabeça).
Fazendo o quê? Fazendo discípulo: viver de forma exemplar com Cristo.
Ex. O senhor está nos perguntando todo dia: O que você está fazendo?
- Fazendo discípulo; 2 – Ensinando; Batizando.
Ensinando: O quê? Guardar todas as coisas que Ele nos tem mandado.
Esses são os objetivos da proclamação do Evangelho ou Pregação.
A proclamação do Evangelho é a maior notícia de todos os tempos. Nunca aconteceu nada mais significativo do que o Evangelho. Jesus construiu o Evangelho com sua vida, morte e ressurreição. Nada é mais importante e urgente do que pregar, ouvir e obedecer ao Evangelho.
A igreja existe para a missão de pregar o Evangelho. Se não for para isso não há igreja ou o que existir com esse nome pode desaparecer que não fará falta.