Tomatinho-do-mato Sucesso Vital no Cerrado

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Um dos alimentos nativos mais comuns em todo o Brasil é o tomatinho-do-mato, também conhecido como tomate-cereja versátil na culinária brasileira.

Muitas vezes, quando menino, me enveredava pelas matas de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, lá pelas bandas de Vida de Cava, Tinguá, Rio D’ouro e Adrianópolis e passava muito da hora do almoço. Quando a fome chegava não era difícil encontrar o que comer. Cocos, jabuticaba, abiu, maracujá, enfim, inúmeros frutos nativos, dentre eles, o tomatinho-do-mato eram fonte de alimento puro, sem agrotóxico, saboroso, de graça.

Pela primeira vez encontrei-o no cerrado de Ceilândia, Distrito Federal, em março deste ano (2019). Foi como se tivesse encontrado um velho amigo. Quem me olhasse naquele momento veria a expressão de alegria em meu rosto. As lembranças vieram como tempestade de saudade de um tempo que não volta mais. Mas que importa? Aqui estamos nós de novo: eu e o tomatinho-cereja.

Quando criança, nós tínhamos uma grande horta. Tomatinho-cereja fazia parte de nossas plantas. Ele era também muito usado nos jardins. Seus frutos maduros são ornamentais, além de saborosos.

Tomatinho-do-mato
Solanum pimpinellifolium

O tomatinho nasce em terrenos baldios, capoeiros e terra revirada.

Acompanhe as informações técnicas do Manual de Identificação de Plantas Infestantes.

“Solanum pimpinellifolium (L.) Mill.

N.V.: tomate-cereja, tomatinho-cereja, tomatinho-do-mato.

Espécie herbácea anual ou bianual que se desenvolve em todo o País, vegetando em áreas como lavouras anuais e perenes, áreas ocupadas com olericultura e fruticultura, entre outros ambientes antropizados.

Os frutos são amplamente consumidos na alimentação humana. Hospedeira do fungo Verticillium dahliae, que causa a murcha-vascular no tomate, berinjela, jiló, quiabo, morango e cacau. Por possuir resistência aos tospovírus, tem servido aos trabalhos de melhoramento genético com a finalidade de produzir variedades de tomates resistentes a essas viroses. Apresenta caule amplamente ramificado desde a base, ramos cilíndricos de coloração verde-clara e recobertos por densa pilosidade esbranquiçada. Folhas pinatissectas simulando folha composta constituída por 5 a 9 segmentos, o terminal mais desenvolvido que os demais. Inflorescência axilar do tipo cacho com longo eixo, contendo flores deflexas. Flores com pedúnculo piloso, cálice com 5 sépalas pubescentes soldadas na base, corola amarelada com 5 pétalas também deflexas na antese, androceu com 5 estames de anteras longas e poricidas e gineceu bicarpelar. Fruto carnoso do tipo bacoide, vermelho-alaranjado na maturação. A semelhança com o tomate cultivado, S. lycopersicum , auxilia na identificação da espécie.

Propagação por meio de sementes.”