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Vamos tentar responder à pergunta: Quem É O Meu Próximo Aos Olhos de Jesus? Vamos tentar responder a essa pergunta com o texto de Lc 19.10. O Ensino de Jesus sobre o nosso próximo neste texto?
Ensino de Jesus: Nossos Próximos São Pessoas Iguais Zaqueu
Quem era Zaqueu? Ele era chefe de publicanos.
O império romano ao invés de nomear oficiais para cobrar impostos nas províncias, distritos e cidades de seu domínio, punham pessoas dentre os próprios concidadãos da terra dominada para fazer cobrança.
Esse cidadão chamado Zaqueu, era chefe de publicanos. Isto é, ele era gerente das cobranças públicas e tinha publicanos debaixo de sua autoridade; ele era encarregado de um grupo de publicanos, de cobradores de impostos.
Além da quantia exigida pelo Império Romano, os publicanos cobravam uma taxa a mais, para aumentarem seus lucros. Não é sem razão que o verso 2 diz que Zaqueu “era rico”.
Por isso, seus concidadãos patrícios o odiavam. Por que eles eram oprimidos pelos romanos e Zaqueu aumentava ainda mais a opressão cobrando taxas absurdas. Para eles, Zaqueu era chefe de quadrilha.
Nós já estamos acostumados com essa história, porque nosso país paga bons salários a funcionários e agentes públicos e eles ainda nos roubam malas e malas de dinheiro. Por causa deles, sofremos com falta de assistência à saúde, falta de ensino de qualidade, falta de emprego, etc.
Tanto era verdade que os publicanos cobravam taxas abusivas, que, quando Zaqueu se converteu, ele propôs dar metade de seus bens aos pobres e devolver quatro vezes mais o que tivesse tirado indevidamente (v 8).
Quem dera que os nossos Zaqueus brasileiros se convertessem assim!
Mas Zaqueu tinha algo bom: Ele queria ver, conhecer a Jesus. Tanto é que, quando ele viu que Jesus estava em Jericó, sendo ele um baixinho, correu e subiu numa árvore para ver a Jesus.
Mas para a surpresa de Zaqueu, embora ele nunca tivesse visto a Jesus antes, Jesus o viu primeiro e já sabia até o nome dele (5).
Aquele asqueroso Zaqueu foi o próximo de Jesus. E Zaqueu pensava que estava se movendo em direção a Jesus, mas Jesus era que se movia em direção a Zaqueu. Se dependesse de seus concidadãos Zaqueu iria para inferno. Mas Jesus foi a Jericó, que significa cheiro suave, para transforma a vida de Zaquueu de modo que este pudesse apresentar um cheiro cuave a Deus.
Ensino de Jesus: Nossos Próximos São Aqueles Para Quem nos Movemos com O Evangelho
Eu gosto de observar este verbo de movimento. Zaqueu se moveu com grande empenho para ver a Jesus e Jesus se moveu com grande empenho para ver a Zaqueu. Isto combina com o conselho de Tiago 4.8: “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós”. Quando damos um passo para Deus, ele já deu dez, para nós.
Quando nos aproximamos de Deus, nós descobrimos que Ele sempre esteve perto de nós, nos chamando. Porque o primeiro a se mover em nossa direção é Deus. Jesus veio dos altos céus, do lar de glória para fazer missões nesse inferno de mundo em que vivemos, para nos buscar, como buscou a Zaqueu.
Vindo, Ele também, foi às cidades, às aldeias, às casas e por fim, à cruz, onde, além de todos nós, havia um ladrão prestes a morrer e que precisava de salvação.
Quem é, então, o nosso próximo aos olhos de Jesus? Ladrões, assassinos, prostitutas, políticos corruptos, como Zaqueu; no mínimo, para orarmos por eles.
Mas para que temos que responder a pergunta: Quem é o meu próximo aos olhos de Jesus? Será que é só encontrar uma resposta? Será que é apenas para cumprirmos um rito do nosso encontro dominical em que alguém tenta achar a resposta e outros sondam para ver se a resposta faz sentido? Depois vamos cada um para nossas casas com uma resposta, mas sem nenhuma ação, é isso?
Aqui entra a questão fé X obras. 1 Jo 3.18:
“Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade”.
Tiago 2.14-26 defende que precisa haver uma combinação, um casamento entre nossa fé e nossas obras, sob pena de nos tornarmos irrelevantes para Deus e para o mundo, porque “a fé sem as obras é morta”.
A fé que nós salva exige movimento em direção ao próximo para salvá-lo, socorrê-lo, libertá-lo, curá-lo.
Quando Jesus declara para Zaqueu: “Hoje veio a salvação a esta casa”, Ele estava dizendo isso: Eu vinho trazer salvação, vim pagar o preço de resgate, vim fazer a redenção, vim livrar um escravo do pecado, vim buscar uma ovelha perdida.
Quem é meu próximo aos olhos de Jesus? É o perdido, o escravo do pecado, qualquer que seja. Qual é minha missão para com os perdidos? Ir a eles levando salvação. Meu movimento em direção aos perdidos para promover o reencontro deles com Deus.
O ensino de Jesus é: Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós ( João 20.21).
Redundante? Não. Enfatizante. Jesus Ensina empenho na missão de salvar o pecador.
A palavra salvação na Bíblia tem o sentido de pagar o resgate. Jesus veio nos resgatar, pagar o resgate à justiça de Deus. A ideia é que, debaixo do pecado estávamos também debaixo da ira (Jo 3.36); Condenados. Quando Jesus pagou o resgate, ele cumpriu a exigência da Lei de Deus e fomos livres da condenação dos pecados herdados de nosso pai, Adão.
Pela fé em Cristo e seu sacrifício por nós, passamos a ser herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; a chamar a Deus de Aba, Pai (Rm 8.15-17). Então, o que se havia perdido foi achado, graças ao movimento de Deus em nossa direção. Aleluia! Ensino de Jesus é que agora devemos nos mover em direção aos pecadores.
A doutrina da salvação é soteriologia e se relaciona com restaurar, reabilitar, curar, livrar, conservar do mal. Ensino de Jesus: nosso movimento em direção ao próximo é para salvá-lo, restaurá-lo.