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Quais as características de uma Igreja viva? (At 2.37-47).
Em primeiro lugar, quero dizer o que a Igreja Viva não é. A Igreja Viva não é resultado de modismos, nem de “ondas”, mesmo que estas sejam chamadas de “ondas do Espírito”.
A Igreja Viva não é resultado de um programa, pois não há programa que possa vivificar a igreja.
A Igreja Viva não é vivificada por técnicas de animação de grupo, onde os dirigentes se descabelam, viram cambalhotas, plantam bananeiras, pulam, gritas chavões marketeiros e etc.
A igreja Viva não é nada disso. Vejamos Três Características de Uma Igreja Viva:
1ª Características de Uma Igreja Viva: Arrependimento e Conversão (37-38).
A Igreja Vida é composta de pessoas que, confrontadas pela palavra de Deus sentem sua miséria moral e espiritual, sua rebeldia obstinada que a transforma num ser insensível, duro e irracional.
A confrontação com a Palavra é o único instrumento que leva a pessoa a reconhecer que foi seu erro, seu pecado, sua maldade que levaram Jesus à cruz. Daí vem o constrangimento, que a leva a confessar arrependido, e se entregar ao Senhor. Então, e só então, o pecador é vivificado.
Só em Jesus somos vivificados mediante arrependimento e confissão. O fardo do pecado é removido, pois Jesus o levou em nosso lugar. O escrito de dívida sobre mim foi riscado por Jesus (Cl 2.14). Sou livre!
“Ele nos vivificou estando nós mortos nos nossos delitos e pecados” (Ef 2.1). Aleluia!
Em consequência disso, o crente manifesta outra característica da Igreja Viva.
2ª Características de Uma Igreja Viva: Perseverança na Doutrina (42).
A Igreja é composta de pessoas unidas pelos princípios de obediência à palavra de Deus que constituem a doutrina dos apóstolos de Cristo.
Os Apóstolos foram preparados, capacitados pelo Senhor e pelo Espírito Santo para serem doutrinadores e guardiões da doutrina de Cristo.
A palavra “doutrina” tem causado náuseas em muitos crentes modernos. Estranho, a Igreja de Atos dos apóstolos parece se orgulhar de perseverar na doutrina.
A aversão às doutrinas hoje só se explica pelo não reconhecimento do valor da doutrina de Cristo, ou pela constatação de que aquilo que se diz de Cristo, é, na verdade, de homens.
Doutrina é ensino, princípios imutáveis, pois são de Cristo. Então, o crente precisa, como diz Loyd – Jones, “querer o ensino. Desejar o ensino como criança deseja o leite” (1 Pe 2.2).
Quando uma pessoa diz que é crente, mas ao invés de querer o leite espiritual, quer divertimentos e prazeres, gritaria e frenesi, ela pode estar numa igreja chamada viva, mas não sabe que é coitada, miserável, cego e nú (Ap 3.17).
A pessoa tem vida quando reconhece e obedece a doutrina de Deus. Assim, esse crente chega à outra característica da Igreja Viva.
3ª Características de Uma Igreja Viva: Alegria Santa (46)
Não se trata de alegria produzida por sons e ritmos sensuais, mas da alegria de saber-se perdoado e aceito por Deus em Cristo.
Não é a alegria por bens materiais, casas luxuosas, dinheiro ou quaisquer coisas perecíveis. A verdadeira alegria do cristão vem do eterno amor do Senhor e sua companhia. Isto é o que lhe dá santa motivação para viver e compartilhar vida.
Que bem maior pode ser mais importante que adorar a Deus em Espírito e em Verdade?
Que haja real arrependimento e conversão ao Senhor. Que haja perseverança na doutrina, sã doutrina.
Vivamos em santa comunhão nos princípios ensinados pelo Senhor.
