O Começo do Plano de Salvação Com Abraão

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O capítulo 12 será dividido em três partes: 1 – O Chamado de Abrão (1-3); 2 – A Obediência de Abrão (4-9); Abrão no Egito (10-20). Neste Post, O Começo do Plano de Salvação O Chamado de Abraão (Gn 12.1-3).

Para muitos começa aqui a história da salvação. Entretanto, uma promessa, ainda que num sentido muito remoto em Gn 3.15 apontava para este começo. Aqui, O Começo do Plano de Salvação Com Abraão é levado a efeito.

Gênesis, como já mencionado, é o livro dos começos. Começo do Universo, do planeta terra, da vida, da família, da perdição do homem, mas também, da salvação.

Quem era Abraão?

Ele era um descendente de Sem, filho de Tera. Ele e sua família habitavam na Mesopotâmia e eram idólatras (Js 24.2; At 7.2).

Ur era uma cidade caldéia que tinha um centro de adoração à “deus-lua” (J. D. Davis). Porem, certamente este não era o único deus deles, pois Josué diz que eles “serviram a outros deuses” (Js 24:2), no plural.

Tera morreu em Harã. Parece que seguia a Abrão no chamado de Deus, pois Canaã era seu destino quando morreu (Gn 11.31,32).

Abrão ou avrahampai elevado” foi o homem escolhido por Deus para iniciar o plano de salvação. Ele era casado com Sarai, “princesa” ou “rainha”, estéril. Como Abrão seria pai já sendo de 75 anos com uma mulher estéril?

O Começo do Plano de Salvação: ordens e promessas.

O chamado de Deus era para deixar a casa do pai. Na casa do pai, Abrão era subordinado. Deus tinha em mente iniciar uma nova família com Abrão (12.1-3), que se tornaria um crã, depois uma nação e finalmente uma igreja, conforme Pr. Isaltino (O Pentateuco – Isaltino G. Coelho Filho). Os textos de Ef 1.4; Gl 3.6-9 e Rm 4.19-25 confirmam isto.

Deus isolou Abrão de sua família para iniciar nele a salvação. A ordem era sair de sua casa e parentela. Com isso, Deus dispensou os antepassados de Abrão do pacto. Ele trataria com o indivíduo Abrão e sua posteridade. Deus o chamou e lhe fez um pacto. A iniciativa de pacto (berith) é de Deus. Ele é autor e guarda fiel dos pactos e das alianças.

Abrão deveria, em obediência partir de sua terra e deixar sua parentela para uma terra ainda não revelada; “vai para a terra que eu te mostrarei”. Então, “partiu Abrão como lho ordenara o Senhor” (4). Parece um chamado para o casamento:

Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”(Gn 2.24).

Será que não tem nada a ver com a Igreja ser a noiva de Cristo? (Ef 5.25-32).

O Começo do Plano de Salvação: O Pacto

O Pacto é dado por Deus, e só pode ser conquistado pelo homem através da fé obediente. Abrão tinha 75 anos quando recebeu o Pacto e partiu em obediência a Deus.

Deus teria começado um plano tardio na vida de Abrão? Sim. Tardio e impossível. Ele e Sarai só poderiam ser uma grande nação por milagre. E este é o negócio de Deus. É bem típico de Deus tornar o impossível, possível (Gn 18.14).

As promessas falam de bênção, fama, proteção total. Um prato cheio para quem prega teologia da prosperidade. Mas sabemos que Abrão mesmo recebendo o Pacto de Deus lutou com os dramas desta vida: a longa espera pelo filho prometido, 25 anos e erros em consequência disso (Gn 12.4 com Gn 21.5-7); Deus passou 10 anos em silêncio, até o nascimento de Ismael (Gn 16.16) e depois mais 14, até o nascimento de Isaque; a prova de ter de sacrificar o filho único (Gn 22).

As promessas são de abençoar, através de Abrão, “todas as famílias da terra” (3). Isto inclui a mim e a você e a todos que forem movidos pela fé semelhante à de Abrão. Esta promessa se cumpre em Jesus, O Cristo. Por isso, o chamado de Abrão é o começo da salvação:

Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.
Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti. De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão” (
Gálatas 3:7-9).

Aleluia!