Ensino | O Ensino de Jesus É Maravilhoso

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O Ensino de Jesus É Maravilhoso, estudo baseado em Lucas 4:31-44 (Imagem: Pixabay).

O Que É Ensino e Doutrina de Cristo? (Lc 4.31-37).

E desceu a Cafarnaum, cidade da Galiléia, e os ensinava nos sábados.
E admiravam da sua doutrina porque a sua palavra era com autoridade.

E estava na sinagoga um homem que tinha o espírito de um demônio imundo, e exclamou em alta voz,
Dizendo: Ah! que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste a destruir-nos? Bem sei quem és: O Santo de Deus.

E Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te, e sai dele. E o demônio, lançando-o por terra no meio do povo, saiu dele sem lhe fazer mal.

E veio espanto sobre todos, e falavam uns com os outros, dizendo: Que palavra é esta, que até aos espíritos imundos manda com autoridade e poder, e eles saem?

E a sua fama divulgava-se por todos os lugares, em redor daquela comarca

Doutrina, conforme o Dicionário Online da Língua Portuguesa, é:

1-Reunião dos fundamentos e/ou ideias que, por serem essenciais, devem ser ensinadas.

2-Reunião dos fundamentos e/ou ideias que, por serem essenciais, devem ser ensinadas.

3-Sistema que uma pessoa passa a adotar para gerir sua própria vida; norma, regra ou preceito.

Jesus estava ensinando (didaquê) e o povo se maravilhou do seu ensino (didaquê) ou doutrina.

O ensino pode ser para o bem ou para o mal. Podemos sofrer qualquer tipo de doutrinação. Para não nos deixarmos cair em falsas doutrinas, devemos observar atentamente a doutrina de Cristo. Só ela é o fundamento (1 Cor 3.10,11). A doutrina de Jesus é de Deus (Jo 7.16). Dar ouvidos à falsa doutrina é característica de pessoas dos “últimos dias”; Veja 1 Tm 4.1.

O Local do Ensino: Sinagoga?

Antes do cativeiro babilônico, o ensino era feito publicamente, em qualquer lugar, inclusive na casa do profeta (Jr 36.6,10,12-15; 2 Rs 4.38), e também, no Templo.

Durante o cativeiro babilônico, devido à restrição da liberdade, criaram as sinagogas com a finalidade de ler as Escrituras, ensino e oração. Isto geralmente acontecia aos sábados.

Porém, expulsar demônios no sábado era uma tarefa difícil para o judeu, principalmente em se tratando de um “demônio imundo”. Sábado era um dia de consagração e purificação (Lv 26.2). No sábado não se podia acender fogo (Ex 35.3). Um homem foi morto apedrejado porque foi pego catando lenha no dia de sábado (Nm 15.32-36).

Nenhuma coisa imunda poderia ser tocada em qualquer dia. A pessoa que assim o fizesse deveria ficar reclusa por algum tempo (Nm 19.22). Então, será que alguém na sinagoga, no dia de sábado estaria disposto a se aproximar de um homem com espírito imundo?

Jesus, Mestre Excelente

1 – Jesus era cheio do Espírito Santo
2 – O homem na sinagoga estava possesso de espírito imundo
3 – Jesus expulsou o espírito imundo apenas com sua ordem, sua Palavra.
Logo, Jesus tem o poder do Espírito Santo, incomparavelmente superior a tudo e a todos. Por isso as pessoas se maravilharam.

Cura Excepcional – Lc 4.38,39

Ora, levantando-se Jesus da sinagoga, entrou em casa de Simão; e a sogra de Simão estava enferma com muita febre, e rogaram-lhe por ela.
E, inclinando-se para ela, repreendeu a febre, e esta a deixou. E ela, levantando-se logo, servia-os”.

Lucas era médico. Ele registra que a febre era muito alta, muita febre. Alguém intercede a Jesus por ela.

Jesus atende a intercessão em favor da sogra de Pedro num contexto em que mulheres de modo geral não tinham vida pública e até mesmo dentro de casa a liberdade delas era muito restrita.

Joachim Jeremias em seu livro Jerusalém nos Tempos de Jesus, fala sobre a situação da viúva. Ele diz o seguinte:

A viúva “permanecia eventualmente ligada a seu marido, isto é, no caso em que ele morresse sem deixar filho (Dt 25.5-10; Mc 12.18-27). Nessa circunstância, a viúva deveria esperar, sem poder sugerir de forma alguma, que o ou os irmãos do falecido marido contraíssem com ela o casamento levirático ou lhe manifestassem a recusa, sem a qual ela não podia tornar a se casar” (p. 489).

Lições Para Nós

Isto nos revela uma das tônicas do Evangelho de Lucas: Evangelho para todos, inclusive os excluídos e não apenas para os israelitas.
Mais duas coisas notáveis: 1 – Algumas pessoas rogaram a Jesus pela sogra de Pedro. Jesus ouve os rogos e intercessão pelos aflitos; 2 – A sogra curada passou a “servi-los”. Isto foi instantâneo. Deus nos trata para servir a Ele e aos outros.

Cura ao Por do Sol – Lc 4.40-44

E, ao pôr do sol, todos os que tinham enfermos de várias doenças lhos traziam; e, pondo as mãos sobre cada um deles, os curava.

E também de muitos saíam demônios, clamando e dizendo: Tu és o Cristo, o Filho de Deus. E ele, repreendendo-os, não os deixava falar, pois sabiam que ele era o Cristo.

E, sendo já dia, saiu, e foi para um lugar deserto; e a multidão o procurava, e chegou junto dele; e o detinham, para que não se ausentasse deles.

Ele, porém, lhes disse: Também é necessário que eu anuncie a outras cidades o evangelho do reino de Deus; porque para isso fui enviado.

E pregava nas sinagogas da Galiléia”.

Três Lições Podemos Destacar Aqui

1 – Jesus “pondo as mãos sobre cada um deles”. Nenhum indivíduo passa como anônimo diante de Jesus. Ele vê a cada um nas suas necessidades. Mas precisa que estes sejam levados a Jesus, “… lhos traziam” (v40) ou que por si mesmos se aproxime de Jesus movidos pela fé. Novamente, vemos que o Evangelho é sem fronteiras; é para todos.

2 – Por que Jesus não deixou os demônios falarem, uma vez que eles revelavam que Jesus era o Cristo, Filho de Deus (34, 35, 41)? Eis os motivos:

2.1 – O poder pelo qual Jesus anunciava o Evangelho era do Espírito Santo e não, de espírito imundo. A esta casta maligna Jesus expulsa.

2.2 – A intensão dos demônios era a revelação aberta de Jesus como Cristo (Mc 4.11,12) para incitar a revolta dos judeus e a consequente morte de Jesus. Eles procuravam adiantar o “momento oportuno” de 4.13.

Mas Deus sempre conduziu a história. As coisas na vida de Jesus aconteceram conforme a vontade de Deus e no tempo de Deus.

3 – O povo queria ter domínio sobre os poderes de Jesus. Veja a intenção do povo: “e o detinham, para que não se ausentasse deles”. Jesus, porém, não aceita ser monopolizado por ninguém. O monopólio sobre Jesus é do Espírito Santo somente. Jesus não se deixava levar por intenções malignas, nem mesmo aquelas vindas de “amigos íntimos” (Mt 16.23).