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Arca de Noé (Gen. 6.8-8.19), Arca da Salvação seria verdade? Se for, por que a arca? Por que Noé foi o escolhido para salvação? Qual era o tamanho da Arca? Acompanhe aqui. Imagem: Pixabay
O Motivo da Arca de Noé
Por quê? Deus viu que “a maldade do homem havia se multiplicado” e “era continuamente mau todo o desígnio do seu coração” (6.5); Enfaticamente, “a terra estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra” (6.11,12).
Amplitude do Mal
“Todo desígnio do seu coração” (6.5); “a terra” – todo o planeta, incluindo os animais (11,12); a terra estava cheia de violência (6.13). Maldade extrema globalizada, generalizada, que nem os bichos escapavam.
Tempo de extrema maldade (6.5, 11,12).
Qual era a população mundial na época? Noé andava na contramão de seus contemporâneos, de sua sociedade. Para ele não valia o “todo mundo faz”. Imagine como seria viver num mundo globalmente corrompido! Outra experiência desse tipo se dará com Sodoma e Gomorra.
Destaque Dentre A População Corrupta
Noé achou graça diante do Senhor. Noé era justo e íntegro e, andava com Deus; Deus reconhecia que Noé era justo diante dele no meio daquela geração (6.8,9; 7.1). Apenas Noé caiu na graça de Deus.
Como Julgar, Punir e Salvar?
O julgamento já fora realizado na decisão de Deus e a sentença será aplicada (6.6,7,13,14).
Condenação: Todos, homens e animais, morreriam afogados nos dilúvio (17).
Quem seria salvo? Noé, sua família e animais escolhido por Deus. Deus é quem escolhe a quem condenar e a quem salvar (13, 18-20).
Salvação: O homem é salvo através da obediência a Deus (6.22).
Instrumento de Salvação: Arca.
Noé a construiu em obediência a Deus (6.22);
A Arca foi feita (Como era):
De tábuas de cipreste – madeira desconhecida (v. 14);
Compartimentos – 3 andares (v. 14, 16);
Calafetada por dentro e por fora (v. 14);
As medidas da Arca foram em côvados. Há dúvidas quanto à medida exata. Esta se baseava do cotovelo à ponta do dedo médio. Para alguns, 55 ou 56 cm. Para outros, 45 cm.
Tomando o côvado como 45 cm:
Em Côvados | Em Metros |
Comprimento 300 côvados (v 15) | Comprimento: 300 X 0,45= 135m |
50 côvados de largura (v. 15) | Largura: 50 X 0,45 = 22,5m |
30 côvados de altura (v. 15) | Altura: 30 X 0, 45 = 13,5m |
Total | Total: 135*22.5 = 3037,5m2 |
Arca de Noé Foi Instrumento de Aliança de Deus Com Noé
Quem a estabelece a aliança é Deus (18). De nada adiantaria a integridade e justiça de Noé se Deus não estabelecesse sua aliança.
A aliança foi com Noé, mas a família foi abençoada por causa dele (18). Salvar o homem significava salvar sua família, de quem viria sua descendência. A descendência estava na mira de Deus para trazer ao mundo o Salvador, Jesus.
A preservação dos bichos seria também para preservação do homem e sua posteridade. Note a expressão: “Segundo sua espécie”. Deus deixa claro que a separação das espécies, sem misturas por cruzamentos. Cada qual com sua identidade própria.
Arca de Noé Noutras Culturas Antigas
A narrativa do Dilúvio bíblico não é única dos povos antigos. Os sumérios, primeira civilização que ocupou os territórios entre os rios Tigre e Eufrates, tinham escritos que mencionavam um dilúvio. Embora não seja igual à narração bíblica, há semelhanças. Uma espécie de arca também é mencionada. Numa das inscrições anterior a 2000 a.C. encontrou-se a seguinte inscrição:
As chuvas tempestuosas, ventos fortes, todos, mandam eles
Os Dilúvios caem sobre a…
Quando por sete dias e sete noites
O dilúvio havia assolado a Terra
E o enorme barco havia sido agitado sobre as grandes águas, pelas tempestades,
O deus sol levantou-se, fazendo brilhar a luz nos céus e sobre a Terra.
Ziusudra fez uma abertura no lado do grande navio.
Ziusudra, o rei,
Diante do deus-sol curvou a face até o chão.
O rei sacrificou um touro, ovelhas ele sacrificou em grande número.
Fonte: Livro: Arqueologia do Velho Testamento, Merril F. Unger, pg. 22.
Como vemos, Ziusudra é identificado com o Noé bíblico, especificamente na apresentação de sacrifícios pós-dilúvio (Gen. 8.20).
Arca de Noé Babilônica
Os babilónios também tem sua versão de um dilúvio na Epopeia de Gilgamesh, transcritos de originais bem antigos encontrados na biblioteca do rei assírio Assurbanipal (669-626 a.C.). Nela também há menção da necessidade da construção de um “navio” para preservar a vida e conquistar a vida eterna (Arqueologia do Velho Testamento, Merril F. Unger, pg. 22).
O ponto mais comum entre essas narrativas e a bíblica é que todas falam de coisas passadas; os verbos estão no passado. Ou seja, eles estavam contando histórias.
Moisés também escreveu fatos passados, quer por revelação divina ou por conhecimento histórico, já que ele era versado na ciência egípcia (Ex 11.3; At 7.22), a grande potência da época.
Outra consideração é que ele tenha escrito a partir de tradições orais, aquelas passadas de pais para filhos. Uma história como a do dilúvio não seria esquecida de gerações que utilizavam a história verbalizada como principal meio de ensino e comunicação.
Porém, menciono estes fatos apenas a fim de esclarecer que a Bíblia não é única a falar de um dilúvio. Entretanto, não acredito que Moisés tenha copiado ou escrito Gênesis e o Pentateuco a partir daqueles escritos dos povos antigos simplesmente como uma composição literária livre de influencias. Para mim, ele foi orientado pelo Espírito de Deus. Portanto, escreveu a partir de revelação e inspiração do Espírito Santo (2 Pe 1.21).
Por que estudar esse assunto? Porque os dias do fim será igual aos dias de Noé:
E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. Lucas 17:26
Fique atento!