O Impácto do Mundo Pós-Moderno na Família

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O Impácto do Mundo Pós-Moderno na Família é um estudo que focaliza como o mundo tem influenciado as famílias e igrejas cristãs.

O livro “A Sedução de Nossos Filhos” (Neil T. Anderson e Steve Russo – Editora Betânia) foi escrito em 1991 nos Estados Unidos e aborda as influencias de “doutrinas satânicas” nas escolas daquele país, na década de 70 e 80. Veja como os autores escreveram “grande parte desse declínio se deve a mudanças introduzidas no ensino público. Ao mesmo tempo, está havendo práticas e filosofia da Nova Era e do ocultismo. E isso é apenas a ponta do iceberg. Se não tomarmos as medidas necessárias para interromper esse processo, as filosofias de ensino e aprendizagem satanicamente inspiradas que se vão infiltrando nas escolas poderão dizimar esta geração e a próxima”.

Pelo que tudo indica o relatado tem acontecido não só naquele país, mas também tem chegado aqui no Brasil. Só que o impácto aqui e agora é pior. Nas décadas de 70 e 80 não havia smartphones, tabletes, etc. Hoje a sedução de nossos filhos para o mal não está mais só na sala de aula, mas na palma da mão. Já foi cogitado até acabar com a escola tradicional. Esta seria via mídias. Esse mundo pós moderno tem influenciado na educação da família cristã.

O Impácto do Mundo Pós-Moderno na Família, Dificuldades

Homens e mulheres precisam trabalhar para atender as necessidades desse mundo consumista, onde o mais importante é ter do que ser. Passam muito tempo fora de casa em trabalhos e estudos, enquanto o cuidado com os filhos é terceirizado. Mas biblicamente, quem deve cuidar e educar os filhos? Nós, pais, que também somos frutos dessa era má. Será que não fomos já seduzidos pela “aprendizagem satanicamente inspirada”? Vejamos o que a Bíblia nos diz e, se de fato cremos nela com toda nossa mente, começaremos a praticá-la imediatamente.

O texto de Dt 6.4-9 é um chamado ao povo de Israel para apreender e ensinar aos filhos. Nossos desafios são contextualizar tal ensino e transmiti-los com fidelidade a uma geração de quem já perdemos o controle, geração alienada. Será possível? Quais são os ensinos?

O Impácto do Mundo Pós-Moderno na Família, Os Desafios da Unicidade de Deus.

Distinguir Deus dos deuses.

Os ouvintes originais, os Israelitas, tinham tantas dificuldades quanto nós hoje. Eles viviam numa sociedade de múltiplos deuses. O embate de Iavé com Faraó do Egito, não era contra o homem, mas contra as crenças deles em seus múltiplos deuses.

Nós poderíamos dizer o mesmo das nações vizinhas deles. Nesse contexto, o Deus de Israel os chamou e os separou para apregoar e viver em obediência ao único Deus e único Senhor (Dono). Para que tal objetivo fosse alcançado teriam que aprender (mais do que aprender, apreender) e ensinar continuamente seus filhos. Hoje também temos uma multiplicidade de deuses, crenças e religiões. Mas o deus mais difícil de vencermos é o ego. “Eu penso”, “Eu acho que não é bem assim”, “Eu sou livre”, “Eu, eu, eu…”. Chamamos a Deus de Senhor, mas quem manda mesmo somos nós. Vamos aonde queremos. Relacionamo-nos com quem e como queremos. Então, quem de fato é o nosso Senhor?

O Impacto
Como ler e entender a Bíblia

Ensinar A unicidade de Deus.

Este é um grande desafio. Precisamos aprender e ensinar correta e ortodoxamente as doutrinas. O maior princípio a seguir é que, para doutrinar a igreja a partir do Velho Testamento precisamos submetê-lo ao Novo Testamento, porque é neste que está o nascimento da igreja, os ensinos do Senhor da igreja e das doutrinas mais desenvolvidas do Consolador da igreja. Como entender que Deus é Um e que ao mesmo tempo é três Pessoas. Bem, parece que não há como entender perfeitamente isso. Então teremos que crer e ensinar a crer que devemos aceitar, pela fé, que é mesmo assim: Um em Três e Três em Um, só porque está Escrito na Bíblia, nossa regra de fé e de prática.

O Impácto do Mundo Pós-Moderno na Família,Unidades Plurais

Do texto hebraico podemos dizer que “único” (ehadh) significa também unidade composta. Outra palavra, yahidh, expressa unidade e nunca é usada para Deus. Por unidade composta podemos citar vários exemplos: família (pai, mãe e filhos); igreja (congregação dos salvos por Cristo), etc (Veja o vídeo do Prof. Adaulto Lourenço, “Impressões de Deus na Criação” (https://youtu.be/TYLadtiLkvw). O fato, é que não há mais ninguém no céu e na terra digno de nossa adoração, senão o Deus de Israel.

Então, temos dois fundamentos doutrinários que extraímos nasEscrituras.

Impressões de Deus na Criação, Prof. Adauto Lourenço

O Impácto do Mundo Pós-Moderno na Família:  O Amor a Deus Sobre Todas as Coisas

Ensinar a amar ao Deus único.

Num tempo de muitos amores, reconfiguração dos amores, dos amores transformers é um grande desafio ensinar o amor único. Mas Deus exige que O amemos de todo nosso coração, de toda nossa alma, e de todo a nossa força. Ele não aceita amores pueris. Não aceita concorrência; não aceita ser traído. Não podemos amar a Deus e ao dinheiro, a Deus e ao nosso trabalho, a Deus e aos ídolos deste mundo, a Deus e à esposa ou ao marido como se eles fossem Deus. Não podemos servir a dois senhores (Mt 6.24).

Lógico que se trata aqui de ter coisas e/ou pessoas e seres em lugar exclusivo de Deus em nosso coração. A melhor maneira de ensinar a amar a Deus é amando. Isto é, as pessoas amarão a Deus quando nos virem amando a Deus. Vendo como valorizamos a Deus, como damos a Ele o primeiro lugar em nossas vidas, como O servimos com zelo. O maior exemplo que tenho de fé são os das pessoas no começo de minha vida cristã: como eles viviam com simplicidade, alegria e desprego das coisas para se dedicarem a Deus com humildade.

Ensinar a interiorizar as doutrinas de Deus.

Deus quer que suas doutrinas estejam dentro do nosso coração (estarão no teu coração) e dentro da nossa mente (inculcarás: Propor, recomendar. Imprimir uma coisa no espírito de alguém: inculcar uma verdade. Impor como vantajoso e indispensável). Ou seja, colocar dentro da mente, da caixa cerebral. Fazer a cabeça? Sim, de modo certo e pelo bem maior: Deus. Veja que a ação de assim ensinar é constante: “E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te” (v 7). Isto é, o tempo todo e de todas as formas possíveis. Demonstra a urgência do ensino das doutrinas de Deus e sua importância. Estas estão sobre todos os demais ensinos.

Forma Ortodóxa

Desta forma temos que ser ortodoxos para não dizer, extremistas, no ensino a nossos filhos e pessoas na igreja. Mas vivemos num contexto que não aceita a ortodoxia doutrinária. As pessoas querem a liberdade de reconfigurar tudo o tempo todo. Por isso muitas igrejas estão aceitando serem reconfiguradas e acabam transfiguradas. Isto é, são igrejas no nome, mas não de fato. O louvor continua fervoroso e animado, as orações fervorosas, pregações eloquentes… ritualismo.

Israel tinha a incumbência de expor as Escrituras de todas as formas e em todo lugar: nas portas (entrada e saídas); na mão, entre os olhos… (v 8,9). Precisamos urgentemente e de todas as formas fazer o mesmo. Nossa urgência em ensinar e viver as doutrinas bíblicas nos leva a desligar a TV para as novelas e demais programas, o computador para as redes sociais e o celular, porque estamos comprometidos com a Palavra e temos uma agenda com Deus. Mas não podemos ensinar o que não vivemos. Então vivamos.

Regras de Interpretação Bíblica

Como abordado, as doutrinas do Velho Testamento tem de ser reinterpretadas pela compreensão do Novo Testamento (A carta aos Hebreus, por exemplo). A doutrina do Deus Único é autenticada pelo NT. Jesus o autenticou (Mc 12.29-31). Apenas enfatizou amor ao próximo (o Decálogo os primeiros três ou quatro mandamentos dizem respeito à nossa relação com Deus e os demais, à nossa relação com próximo), porque com a máxima de amar a Deus sobre todas as coisas, esquecia-se o valor das pessoas. Jesus ensina que o amor a Deus se expressa também no amor ao próximo como um serviço de adoração a Deus. Sobre o ensino prático na família (Ef 5.21-6.4; Cl 3.18-21; 1 Tm 2.1-15 e todo NT). O NT desenvolve de forma mais ampla a ideia de um Deus único plural: Pai, Filho e Espírito Santo. Mas isso esticaria demais nossa breve abordagem sobre o tema. Fica para a próxima.